
Eu nunca fui ciumenta. Aliás, eu não sabia ser ciumenta. Nunca tinha namorado ou sequer me apaixonado (e tido) alguém e me julgava não apenas isenta de ciúmes, como a segurança personificada. Oras, como eu poderia ter tanta certeza?! Pois é, foi eu conhecer o Samuel que toda essa segurança caiu por terra.
Talvez seja uma falha da minha personalidade, talvez seja algo que apenas ele desperte em mim ou ainda, talvez ele me dê motivos para que eu me sinta insegura. Creio que essa resposta, eu só terei com o tempo. Mas o que quero falar é que existem certas coisas que dificultam um relacionamento pra mim.
Sabe, eu gosto de saber das coisas. Não entendam isso como a obrigatoriedade de "dar satisfação", leitores, mas - e sabe lá Deus porquê - eu odeio fazer papel de trouxa, aquela namorada idiota que é sempre a última a saber. Simplesmente odeio! Meu ego não permite isso.
Tempinho atrás, zapeando pelos canais, ouvi Ana Paula Arósio dizendo algo bem legal na novela das 20h: "Não me importa fidelidade, me importa lealdade". Isso exemplifica muito o que eu penso.
Creio que eu não seria tão obsessiva quanto sou, se eu sentisse uma cumplicidade maior. Acho horrível que ele desabafe os problemas do nosso namoro com as ex-namoradas dele. Porra, vai à merda! Onde fica nossa amizade?!
Outra coisa que me faz pensar que ele irá embora a qualquer momento é o fato dele ser muito carinhoso com
QUALQUER menina que se aproxime dele. Isso me faz sentir tão especial como qualquer outra. Caralho, ter amigas, beleza. Juro mesmo. Mas aguentar calada essas menininhas dando em cima dele é complicado. E sexto sentido de mulher não falha! E o meu acertou todas as vezes que soou o
red alarm nesses quase sete meses que estamos juntos. Poxa, será que ele realmente tem que ser tão amoroso com todas as gurias para, enfim, se sentir querido?
Fico pensando que meus esforços são em vão, que por mais que eu use as melhores palavras para exaltar meu sentimento por ele e o quão maravilhoso ele é, será apenas um "oi, moço" com uma voz melosinha que irá fazê-lo sucumbir.
É, talvez ele não entenda minhas palavras.