quinta-feira, dezembro 29, 2011

Da análise do dia a dia

quinta-feira, dezembro 29, 2011
Fui olhar um anúncio de apartamento. Havia uma mensagem logo na cara, mas eu ignorei e, ainda sim, fiquei procurando ver as fotos, valores e tamanhos. Depois que não gostei do que vi, reparei que a mensagem (até então inicial) dizia que o anuncio fora removido.

Me senti meio Dona Florinda e Prof. Girafales, ignorando o resto do mundo. O problema é que eu não estava apaixonada pelo apartamento.

O ser humano, de fato, só enxerga aquilo que quer ver. Abençoados os desprendidos que conseguem olhar para os fatos como eles são.

É. O anúncio estava bem visível. Mas eu não vi.

sábado, dezembro 24, 2011

...but its over now

sábado, dezembro 24, 2011
Vieram me perguntar se me incomodo.
A resposta, desacreditada pela grande massa, foi “não”.  Afinal, eu não me incomodo que ele esteja namorando. De fato, cheguei a um ponto no qual desejo apenas a mais profunda e sincera felicidade para ele. Namoramos por praticamente cinco anos. Oras, devo eu odiá-lo simplesmente porque deixou de dar certo? Não. Não sou assim.

Mas quando os seres humanos evoluem algumas pessoas não parecem satisfeitas, então, tive que elaborar mais minha resposta de forma que esta tivesse um pouco mais de egoísmo para que fosse aceita.

Desde os meus vinte anos até os vinte e quatro, ele foi o ar que eu respirava. Lembro de cada briga e cada reconciliação. Lembro do sentimento sufocante que tomava meus pensamentos cada vez que sua presença ou ausência acontecia. Eu não podia estar com ele o tempo todo, mas ele, e digo isso com a máxima certeza, não saía do meu pensamento um minuto que fosse. Meus sorrisos eram dele, meus olhares eram pra ele. Ele tinha domínio sobre meu corpo e minha alma. Durante quatro anos, eu não precisei de mais ninguém. Ele me bastava. Fui contra família, amigos e contra mim mesma. Travei guerra contra o mundo com um sorriso no rosto porque, na trincheira ao lado, eu via seu rosto.

Balanços gerais de amor só devem ser feitos em nosso leito de morte, mas arrisco dizer que ele foi meu primeiro verdadeiro amor.

Normalmente, quando namoros acabam, as pessoas se perguntam: “como pude?”. Comigo não é assim. Eu sei exatamente todos os porquês de tê-lo amado. Ainda sinto a mesma onda de excitação quando penso no sentimento abundante que o rodeia. Ainda sinto o mesmo desolamento quando lembro da fatídica traição sofrida. Ainda agiria da mesma forma quando, instigada por outros, senti vontade de também trair. No fim, não me arrependo de nada porque não cabe a mim decidir o que deveria ou não ter acontecido.

Eu sei o quanto gostei dele e o quanto eu queria que tudo desse certo. Mas não deu.

O que resta, então?
Resta a tristeza por ver que, no fim da nossa linda história de amor, não pudemos escrever um “...e viveram felizes para sempre”. E ambos teremos que começar tudo de novo, sofrer e ser felizes tudo de novo antes de aquietarmos nossas almas. Mas dessa vez, acho que estamos ambos mais preparados para errarmos menos.

Has it only been five years?
ExplodingDog.com
 
Design by Pocket Distributed by Deluxe Templates