quarta-feira, setembro 24, 2008

Círculo Social

quarta-feira, setembro 24, 2008

Quando pequena, eu era gorda, alta perante as meninas da minha idade, dentuça e, obviamente, complexada.

O tempo passou, e graças à Deus, aos vômitos, ao axé, à chapinha e ao salto alto, eu mudei. Tenho noção disso. Quando conto às pessoas sobre meu passado, elas se surpreendem e logo pedem para ver fotos de quando eu pesava quase 80 kgs.

Verdade, meu corpo mudou. Mas meu cérebro não. Ainda hoje, meu pscológico me prega peças dizendo: “Imagine que alguém vai te dar alguma coisa porque acha você bonita. Gordos não têm chance. Principalmente aqueles sem sobrancelha”. Notei, inclusive, que tenho dificuldade em olhar as pessoas nos olhos por demasiados segundos. Não sei, me sinto vexaminada, como se estivessem ressaltando todos os defeitos físicos que tenho. E que não são poucos.

Não sinto dó de mim. O post não se trata disso. É justamente o oposto. Porque eu sei que não sou mais tão horrorosa como fui outrora, mas não seria capaz de me vender como boa em alguma coisa. Ainda me julgo desengonçada e incapaz mesmo em assuntos que sou muito elogiada, como escrever.

O que me surpreende, é justamente a capacidade de se ver como algo além do comum das pessoas feias. Calma, leitor, não se precipite. Não digo feias pela aparência (muito embora também o sejam), digo feias por dentro. Pessoas que não têm nada de bom para agregar a ninguém. Pessoas cujo ego consegue ser maior que Deus.

Essas pessoas pensam não ter defeitos. Mesmo a caspa asquerosa eles julgam como excitantes floquinhos brancos; as espinhas repletas de pus são estrelinhas especiais e os cravos grandes e pretos são seus retentores de seiva. Os dentes apodrecidos são sinônimos orgulhosos de uma vida desregrada e anti-higiênica e o mau hálito, recompensa inigualável da podridão do dia anterior.

E essas pessoas, leitor, ainda se auto entitulam poetas, jornalistas, profetas ou missionários. Acham mesmo que fazem alguma diferença no mundo e que são dotadas de talento. Deve é ser sequela de tanto que apanharam na escola. E de tanto serem menosprezados, acho que começaram a supervalorizar até mesmo suas nojeirices. Levam à sério a parada do “Ame-se do jeito que você é”. Perderam a medida. Foram longe demais.

Temo pelo dia em que eles vão acordar e cair na real. Perceber que não passam de uns bostas, que não têm ninguém e que foram tão arrogantes, que nem Deus está mais ao lado deles.

Temo, não. Anseio.

segunda-feira, setembro 15, 2008

Sobre Mundos Diferentes

segunda-feira, setembro 15, 2008
Após uma sessão inspirada de minha parte, fazendo meus companheiros de tarbalho rir a valer por estar pentelhando um outro colega de trabalho, beirando a exaustão, soltei um longo suspiro de cansaço:

“- Ai, aaaai....”
“- Que foi, Bru?
“- Minhas energias foram sugadas. Acho que esse Deco é um Vampiro Psíquico!”

Os risos estouraram novamente.

“- Ah, Bru, vc é demais”

Só que eu não estava mais brincando.
 
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