sexta-feira, abril 11, 2008

Minha (lastimável) opinião.

sexta-feira, abril 11, 2008
Amanhã completam sete dias desde o show do Ozzy. Creio que todos os presentes ao evento que tenham blog já tenham feito suas considerações. Eu não.
Em verdade, ia me manter calada por não ter nada de novo a acrescentar. Mas ontem, li uma matéria no Wiplash que despertou meu âmago jornalístico (e intriguento).
Nesta matéria, o senhor Juliano Henrique Dantas, afirma com veemência que o show valeu cada centavo. Tanto para quem estava na pista como para quem estava na arquibancada. Elogiou o som, não se importou com o tumulto tampouco com o preço abusivo dos alimentos sendo vendidos.
E com isso, eu não concordo.
Devo esclarecer, pois, que eu havia decidido não comentar o show, uma vez que eu mesma o havia estragado para mim. E pro meu namorado. Acontece, querido leitor, que até a vinda do Príncipe das Trevas, eu julgava apenas não gostar de arquibancada (ou cadeira especial descoberta, como queiram). Descobri porém, que eu odeio arquibancada. É quase como se não fizesse parte do show...é a mesma sensação do ditado “Assistir de Camarote”: você é apenas um espectador e não parte.
Ao adentrar o estádio e me sentar naquele banco xexelento e deveras desconfortável, eu me dei conta desse repúdio por arquibancadas. Mas aí, já era tarde demais. Simplesmente incorporei minha infantilidade e fechei a cara, rezando para que me esquecessem ali, justamente para não causar o estres no meu amor que acabei causando.
De qualquer maneira, eu não teria as centenas de reais adicionais para pagar minha entrada na sonhada pista. Eu tinha que me contentar com minha realidade.
Senhores, as coisas não melhoraram por ai. Depois de umas quatro horas de espera, você começa a querer beber e comer alguma coisa. Não é fome. É ansiedade. Falta do que fazer. Eis que o absurdo recomeça:
- 1 Água: R$ 3
- 1 Refri: R$ 4
- 1 Ruffles: R$ 5
- 1 Dog: R$ 7
“Ah, mas o dog é caprichado!”, vc pensa. Que nada. Era uma pão seco com uma salsicha seca. O Sá me informou que o preço de venda final para aquele “sanduíche” é de R$ 1. Os caras estavam vendendo por R$ 7. Isso é justo?
Logo que passei pela revista, ouvi uma guria que havia perdido um de seus pertences: “Nada que o Ozzy não mereça”.Ora, meus amigos, eu reconheço os serviços prestados pelo Velho Louco ao rock, e por consequência, à nós roqueiros, mas daí a falar que ele é merecedor de perdas para nós, eu discordo. Eu até me ogulharia em dizer que meu amor por fulano é maior do que essas ninharias, ou algo do tipo, mas aí o conceito já é outro.
O senhor Juliano Henrique Dantas não se importou com o tumulto. Lógico, ele estava longe do tumulto. Ou seja, ele não teve que sair arrumando briga com quinhentas pessoas que, recém chegadas, queriam simplesmente tomar o lugar daqueles já com a bunda e pernas doídas, de tanto esperar na fila e lá dentro.
O senhor Juliano Henrique Dantas disse que o som era perfeito. Também, pudera. Era playback! Eu, de início, achei estranha como nosso anfitrião podia pular tanto e ainda sim, sequer ofegar. Mas pensei que fosse os anos de estrada...E um amigo, que havia visto tudo da pista especial, confirmou o Ozzy estava cantando em cima de um playback. Isso não tira os méritos daquele que já é considerado decrépito, mas faz com que seus elogios sejam menos entusiasmados.
Quanto à escolha das músicas, concordo ter sido muito boa. Mas também, depois de tantos sucessos, seria difícil errar.
Eu também acho que o saldo foi positivo. Quando paro e penso no show, concluo que foi phoda. A abertura de BLS foi muito boa (mas sou suspeita, porque já gostava da banda desde o L’nL de 2005) e realmente me surpreendi com Korn – que vou baixar músicas ainda neste findi. Todos foram atenciosos, conversaram com a platéia, agradeceram a presença e ao Ozzy a oportunidade. E o próprio Ozzy, pedindo gritos, palmas e alvoroço, jogando baldes de água na galera, pulando e sorrindo feito uma criança de apartamento pela primeira vez no PlayCenter. Dizendo que estava “growing”... Isso tudo realmente valeu a pena.
A emoção que senti com “I don’t wanna stop” e “Mama I’m coming home” são impagáveis. Além disso, música é arte. E não se pode colocar preço na arte. Sendo assim, entendo que paga quem pode e quem quer. Mas que não é justo, não é.
E querem saber o que mais não é justo? O senhor Juliano Henrique Dantas escreve (mal) para o site Wiplash e tem status de imprensa. E eu não.
Foto tirada do site Wiplash

segunda-feira, abril 07, 2008

Últimos quinze dias.

segunda-feira, abril 07, 2008
Getúlio. Revisão para provas. Estudar. Aumento de operações no banco. Offshore. BNDES. Sem almoço. Correria. Marcar a despedida do meu irmão. Confirmar lugar. Chamar pessoas. Ir. Estudar. Prova. Prova. Ir bem. Ir mal. Prova. Sem almoço. Mais operações. Não ir trabalhar. Aeroporto. Avião. Tchau. Trânsito. Tatuagem. Não ir à facul. Perder prova. Ficar bebendo com o pai. Trabalho. Operações. Prova. Fila. Mal humor. Ozzy. Choro.

Vazio.
Saudade.
Tristeza.
 
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