quinta-feira, fevereiro 28, 2008

Sobre defeitos, pontos fracos...e chatice

quinta-feira, fevereiro 28, 2008
Eu sou estupidamente idiota quando se trata de amigos. Acho que este tem sido um ponto fraquíssimo em mim.
As pessoas não entendem, mas não me revolto com isso porque nem eu mesma entenderia se fosse com outrém.

Conversando com o Lucas, um amigo nihilista da faculdade, sobre defeitos e passado sujo, eu cheguei à conclusão que meu pior defeito é também o pior defeito que se pode ter: eu sou incorrigível. Isso me faz pior do que os outros porque me distancia do poder de melhora.

Eu ainda vivo num mundo de faz de conta. Num mundo onde amigos são pra sempre e a Amarílis e eu podemos voltar a nos falar. É estúpido, eu sei, mas sinto falta dela. Querendo ou não, tivemos bons tempos juntas e eu sempre preciso de ajuda para lembrar o que foi nos afastou. Hoje, eu sei que ela me despreza mais do que qualquer ser vivo na face da Terra (ou pelo menos, é o que diz meu ego) e jamais poderia obrigá-la do contrário, afinal, eu devo ter feito um inferno na vida da guria, defendo-me, pois, o inferno foi ela quem criou, eu apenas a fiz viver nele por um tempo.

Eu ainda acho que posso encontrar um grupo de amigos como o AEIOU. Finalmente me libertei da idéia que só eles são legais no mundo, mas ainda penso que posso contar com a lealdade que vivi com eles. Estúpida mais algumas vezes.

De fato, eu não queria ser assim. Eu sei o quanto sofro cada vez que percebo (ou lembro) que essas coisas não são possíveis. Eu queria ser mais normal, conseguir deixar coisas de lado.Não queria que meu namorado me julgasse contraditória toda vez que tentasse fazer algo que penso me deixar feliz.

Eu não faço sentido. E sinto falta das pessoas que também não fazem.
Eu quero as pessoas fora do vidrinho.

sábado, fevereiro 23, 2008

Sobre Ingratidão

sábado, fevereiro 23, 2008
Eu já tive três empregos desde que comecei minha vida profissional. Difícil saber qual foi pior. Difícil falar em qual fui mais frustrada. Nunca trabalhei com coisas que realmente me interessassem. Pior agora, que analiso operações de comex sendo que a coisa que eu sempre mais odiei nessa área foi justamente a buracracia. Vida irônica.

Eis que, nos dois últimos meses, resolvi arriscar e tentar penetrar qualquer mundo alternativo, fosse o do rock, fosse o da minha paixão que é escrever. Perdi a conta de todas as agências, revistas e produtoras para as quais enviei meu simples currículo e minha grande vontade. Tive algumas respostas, uma promessa, e outros “se liga”.
A verdade, eu descobri, é que as pessoas não me querem. Devem estar saturadas de pseudo-intelectuais como eu, que na real, não têm talento algum.

Lembrei então, de quando entrei no Banco. Desde o primeiro momento os caras me abraçaram como parte da família – tanto a Instituição como os profissionais do meu setor. Eles me respeitam, ajudam, encobrem minhas cagadas. Qualquer coisa que eu precise, eles disponibilizam. Aqui eu falo e eles me escutam. É claro que a recíproca é verdadeira. Faço de tudo para ajudar a todos eles, mas geralmente, isso é uma via de mão única para mim. Enquanto eu coopero, as pessoas viram as costas. Por isso, acho que criei tanto carinho por esse pessoal da Formalística.

O ser humano é mesmo ingrato. Eu sou ingrata. Ao invés de aproveitar o que estão me dando, fico indo atrás daqueles que não me dão valor. Mas pelo menos, eu caí na real em tempo. E agora, posso passar isso a vocês.

quarta-feira, fevereiro 20, 2008

Bolo de Cenoura

quarta-feira, fevereiro 20, 2008
Estão acontecendo algumas coisas que realmente têm me deixado chateada.
Eu queria poder falar para algumas pessoas: “Eu disse. Eu avisei. Por quê diabos vocês não me escutaram?”. Mas corro o sério risco de ser apedrejada. O que não entendo é o porquê de ser tão difícil escutar os outros. Eu escutei quando ela me alertou. E escutei quando ele me aconselhou.

Recolho-me, então, ao silêncio. Não ao silêncio de compreensão, e sim, ao silêncio protestante de quem está vendo tudo errado acontecer e, no fundo, quer que certos moleques morram de AIDS. E com o coração em pedaços, porque eu realmente sou ruim.

E espero que outras pessoas caiam na real.

sexta-feira, fevereiro 15, 2008

A voz do meu coração

sexta-feira, fevereiro 15, 2008

Há muito tempo atrás, ao zapear por canais fechados, uma cena me intrigou: uma traição pega em flagrante. A trama me interessou e acabei assistindo o filme inteiro. Mal sabia eu que minha peregrinação a respeito apenas começara.

Poucos dias depois, peguei o mesmo filme na exata mesma cena que da primeira vez. E de novo me emocionei com a história de Denise Waverly / Edna Buxton, herdeira dos Aços Buxton, que havia começado uma empreitada para se tornar uma cantora/compositora numa época onde apenas vozes masculinas eram ouvidas.

O filme se tornou referência para mim. Mas, depois dessas duas vezes, nunca mais ouvi falar do dito cujo. Falei dele para amigos, conhecidos e parentes e simplesmente ninguém tinha conhecimento da obra. Procurei em locadoras, sebos, lojas virtuais, lojas físicas, sites de downloads e nem sinal daquela que havia se tornado minha musa. O tempo passou, as semanas se transformaram em meses e a tecnologia se tornou mais presente. Voltei a procurar aquele filme que por tanto tempo, nunca saíra da minha cabeça. Nada. Passei então, a achar que tudo aquilo havia sido uma ilusão, que eu havia imaginado aquelas cenas e que as músicas apresentadas nele eram, na verdade, de minha autoria.

Mais tempo passa e chegamos à era Youtube. Mas para minha tristeza, não havia nada ali. Descobri então, que poderia importar o DVD pelo Amazon. Que felicidade, ele existia! Mas muito caro e de compra incerta.

Creio que nessa procura toda, tenham se passado oito anos. Oito anos que eu murmurava suas músicas – uma delas de autoria do Elvis Costello (e eu achando que era invenção minha, quanta pretensão!), oito anos que meus próximos ouviam falar sobre o talento de Illeana Douglas, oito anos.

E semana passada, eu achei. E agora, ele é meu.
 
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