sexta-feira, junho 30, 2006

Não me olhem!

sexta-feira, junho 30, 2006
Eu ia escrever sobre pintura. Sobre como me acalmam as pinceladas - por mais pornográfico que isso possa parecer. Formou-se um texto bonito, poético, quase musical na minha cabeça. Todavia, acho que meu destino é mesmo relatar casos bizarros que me acontecem. E talvez, o mais trágico seja que, num geral, eles acontecem dentro do ônibus.

Como geralmente acontece de segunda à sexta, estava eu dentro do 702/P Pinheiros e, como geralmente acontece, eu estava em pé. Enfim, tô lá, me equilibrando, tentando ocupar minha mente ociosa com qualquer coisa que me ajude a passar os longos quilômetros quando de repente, e não mais que de repente, noto um cidadão provido de muito tecido adiposo e de um bigode estranho e desprovido de fios capilares, me olhando. Apuro os olhos e o tal indivíduo me lança uma piscadela.

Aquilo me deixou com vontade de rir. Pensei então, que pudesse ser um tilty cerebral, um cacoete, quem sabe! E é então que noto, pelo reflexo do vidro, ele e mais um cidadão me encarando abertamente. Fiquei sem graça, mas não tinha muito o que fazer.

Após algum tempo - e eu já tinha me acostumado a ser analisada - a pessoa sentada no banco logo à minha frente, se coloca de lado, levanta o rosto e me olha. Olhei, na idéia de que ele fosse pedir licença, ou algo do tipo, e então, ele faz um biquinho defeituoso e me olha com um olhar semi cerrado. Eu devia ter sentido muita coisa naquela hora, mas confesso, leitores, que o que senti foi medo daquele rosto deformadamente sexy me encarando.

Tentei me aproximar do cobrador, o Lu, que é amigo, mas não deu.

Resolvi, então, ficar - já que não tinha outro jeito - e encarar as feras.

Nada demais aconteceu. A não ser, claro, as olhadas insistentes do ser postado à minha frente - o tal que tentou ser sexy.

Eis então que ele desce, e mesmo do lado de fora, continua a me encarar. E pra vcs terem uma noção, tava tão exagerado, que os usuários restantes no coletivo, começaram a me encarar também. Um outro cidadão desprovido de altura e munido de bigode (bigode...pq eles sempre têm bigodes?! \o/) virava insistentemente na minha direção com o intuito de sei lá o que!

Me senti invadida. Mais do que quando reviram meu blog. =(

Sabe qual o pior!? Não tinha nada de errado comigo: eu tava limpinha, batom no lugar, maquiagem não tava borrada. Fiquei sem entender.

Odeio ônibus.

quarta-feira, junho 28, 2006

Sobre não saber.

quarta-feira, junho 28, 2006
Eu achei que estava carente.
Mas vai ver, é só tristeza mesmo.


To really love a woman
To understand her - you gotta know her deep inside
Hear every thought - see every dream
N' give her wings - when she wants to fly
Then when you find yourself lyin' helpless in her arms
Ya know ya really love a woman
When you love a woman you tell her that she's really wanted
When you love a woman you tell her that she's the one
Cuz she needs somebody to tell her that it's gonna last forever
So tell me have you ever really - really really ever loved a woman?
To really love a woman
Let her hold you - til ya know how she needs to be touched
You've gotta breathe her - really taste her
Til you can feel her in your blood
N' when you can see your unborn children in her eyes
Ya know ya really love a woman
When you love a woman you tell her that she's really wanted
When you love a woman you tell her that she's the one
Cuz she needs somebody to tell her that you'll always be together
So tell me have you ever really - really really ever loved a woman?
You got to give her some faith - hold her tight
A little tenderness - gotta treat her rightS
he will be there for you, takin' good care of you

sexta-feira, junho 23, 2006

I´ll be missing you.

sexta-feira, junho 23, 2006
Fiquei mal o dia inteiro. Um misto de angústia, tristeza, melancolia, raiva.
Os motivos são variados, limitados sim, mas variados. Em partes, é porque hoje completam quatro anos que ele se foi. Parece?! Não, eu sei que não.

Sinto saudades, seu porra! Sinto falta, também. Quatro anos se foram e você nem pra dar um oizinho?! Mesmo que em sonho?! Triste.

"Tô acendendo um cigarro, porra!"

Você não faz parte simplesmente do meu passado, você completa minha história. E eu espero avidamente pelo dia em que poderemos sentar numa mesa de bar, você provavelmente no meu colo, e conversar longamente, num mundo onde não há horas, nem dias. Apenas sentimentos.

O que venho repetindo há certo tempo é o que digo agora mais uma vez: " 'till the day we meet again, in my heart is where I'll keep you, friend".

Hoje eu fui feliz. Fui.

Estou eu no ônibus e, de repente, um cheiro fortemente constrangedor toma conta do coletivo. Penso em abrir as janelas, mas as mesmas já estão abertas. Noto, então, que o tal odor vem de fora. Comprimo os olhos na tentativa de apurar a visão e percebo uma camada visível de algo que se assemelhava à fumaça cobrindo a rua.
Toca meu celular. É meu pai:
-Filha, tô ligando pra me despedir.
-Qué isso, pai! Tá doido?!
-Você não tá sentindo o cheiro de gás?
-Ué, tô. Uma mistura de metano...
-É, com butano.
-Achei que fosse só nessa rua, pai!
-Não! Quase metade de São Paulo tá assim. Essa porra vai explodir!

Leitores amigos, jamais conseguirei exprimir minha sensação de felicidade e alívio quando ele disse isso. Foi uma excitação tão grande, um sentimento de "só pra variar" que quase valeu meu dia. Nesse momento, mesmo desconfortavelmente em pé no ônibus, eu fui feliz.

Daí, então, papai querido liga de novo, com uma voz muito menos animada:
-Filha, fica tranqüila. Foi só um acidente de caminhão perto da ponte Cidade Jardim.
Eu, decepcionada, respondo:
-Sério?! Ow, droga...não foi dessa vez.

quarta-feira, junho 21, 2006

Acho que não sei.

quarta-feira, junho 21, 2006
Eu, definitivamente, não sei porque faço isso. Vai ver, é como um vício: começa devagar, apenas com um "não, só quero dar uma olhadinha...de leve, por cima". E quando vejo, já estou avidamente procurando por mais infos, por mais fotos, por mais fatos, pelo tal do maldito "eu te amo".

E ai fico assim, com dores flutuantes no estômago, tremor nos lábios, dormência nas mãos e, o que considero o pior, zilhões de pensamentos obscuros e perturbadores. Tudo porque eu encontrei aquilo que, tão insistentemente, procurei. Justamente aquilo que eu não deveria ter achado.

segunda-feira, junho 19, 2006

Pobre é uma desgraça...

segunda-feira, junho 19, 2006
...mesmo quando dá sorte, dá azar.


Semana passada, mais precisamente na segunda feira, tive minha segunda e decisiva prova de Matemática Financeira.
Haja visto que não tivemos cerca de três aulas por motivos adversos - PCC incluso - incluindo a aula de revisão, e partindo do princípio que eu não tenho uma aptidão para números, escrevi para meu professor pedindo que ele considerasse a hipótese de uma prova em dupla. Eu tinha tudo arquitetado: duas pessoas do meu grupo manjavam muito da matéria e, como eu fui a grande responsável pelas notas 9 e 10 nos nossos últimos seminários, nada mais justo do que retribuírem o favor. Ou seja, tudo arquitetado...

O tal professor me respondeu dizendo que decidiria os termos da prova dentro da sala e que ele não se sentia culpado por não termos tido algumas aulas, pois ele não havia faltado. Interponho-me, pois: se ele não tem culpa por termos perdido aulas, oras, eu também não tenho. Não faltei à uma aula sequer! Por que devo, então, me prejudicar porque o PCC tocou terror em SP?!?!

Pois bem, eis que o dito cujo entra em sala já se desculpando publicamente à minha pessoa por ter sido grosseiro no e-mail. Aquilo, honestamente, não me importava, contanto que a maldita da prova fosse em dupla com meus amigos nerds.

Ele disse que considerou a hipótese, analisou e resolveu dar a prova aos pares.

Porém, e aí mora toda uma tragédia, disse que seríamos escolhidos ao acaso. Eu explico:

Pediu para que sentássemos todos na frente, de modo a preenchermos as lacunas. Não sabendo o que aconteceria, sentei em qualquer lugar, tentando, obviamente, não me afastar das minhas salvações. Ele surpreende, então, dizendo: "Olhem para o lado esquerdo. Essa pessoa será sua companheira de prova!".

Quando olhei, tive vontade de chorar. Mas me contive. Quando fui aproximar carteira o indivíduo me lança: "É, acho que vc deu azar".

Bicho, era o cara mais burro (ah, desculpe! leigo...) da sala. Me abala imaginar como o cidadão saiu da terceira série do primário.
Para vcs terem uma noção, o cara levou uma calculadora NORMAL pra calcular JUROS COMPOSTOS, DESCONTO e LOGARITMO.

Tá, U, eu sei que uma sumidade matemática como vc, consegue, mas lembre-se que estudo Relações Internacionais. Não me interessa destrinchar um cálculo, basta saber como é feito.

Enfim, acabou que fiz a prova inteira sozinha, sem ajuda, sem acréscimo de conhecimento, sem olhar pro lado. E ainda tive que esperar o condenado copiar.

É, acho que é bem o que o Butt disse: "Cuidado com o que se pede, vc pode conseguir!".

sexta-feira, junho 09, 2006

Pontapé Inicial

sexta-feira, junho 09, 2006
Como demorei vinte anos para aprender, certas vezes precisamos abrir mão do velho para que o novo chegue; precisamos deixar o passado aonde ele pertence; precisamos seguir em frente e nos abrir às novas possibilidades.

Ou simplesmente, devemos desistir do weblogger porque nem Cristo faz aquilo funcionar direito. \o/
 
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