segunda-feira, novembro 10, 2008

Sobre o novo capítulo histórico

segunda-feira, novembro 10, 2008
Às 2h15 do último dia 5 de Novembro - horário de Brasília - o mundo virou mais uma página e começou a ler um novo capítulo da história mundial.

Por volta desse horário, o ex-concorrente à Casa Branca, John McCain, ligou para o mais novo presidente mundial, Barack Obama, e o congratulou por sua vitória.

Confesso, prezado leitor, que eu não imaginava esse desfecho. Desde a disputa de Obama com Hillary nas primárias, para mim, a trajetória seria certa: Obama, primeiro; McCain, depois.

Todavia, como o mundo já sabe, não foi bem assim que se deu a história.Tivemos a oportunidade de vivenciar uma situação que há pouco tempo seria considerada heresia se discutida abertamente. Um negro, cujo nome do meio é Hussein, tornou-se presidente dos Estados Unidos, num momento de alta crise, quando mais se esperava que o tradicionalismo reinasse. Não obstante, Obama levou às urnas aproximadamente 66% dos 153,1 milhões eleitores registrados para as eleições presidenciais, que enfrentaram longas filas e todos os problemas iminentes ao já arcáico método de votação. Fato que, de acordo com o site Real Clear Politics , significa a maior taxa de participação pública desde 1908.

Ao ter sua vitória anunciada, Obama já pôde contar com o apoio anunciado de George W. Bush e do ex-adversário McCain, quando ambos declararam estar ao lado do novo presidente em busca do bem maior dos Estados Unidos.

Algumas horas depois, a imprensa do Oriente Médio já noticiava, esperançosa, a mais nova escolha americana. E até Cuba, que vive num embargo financeiro imposto pelos Estados Unidos desde 1962, já aguarda novas negociações.

Desnecessário dizer que Obama se tornou a unanimidade política dos tempos atuais. Tanto dentre estudiosos – que ainda se acutelam em afirmar sua predileção – como pelo povo, por exemplo o brasileiro, que não importa muito com as eleições em seu país, mas acompanhou e se emocionou com a trajetória de Barack rumo ao poder.

Prudente, porém, é não julgar Obama como o salvador mundial que veio para dar um jeito definitivo nas coisas. Sua política foi forte o suficiente para o levar ao topo, mas os verdadeiros desafios virão agora. Nós, brasileiros, não devíamos nos vislumbrar com uma história sofrida, pois há duas eleições presidenciais que vivemos a mesma (des)ilusão.

3 comentários:

Anônimo disse...

Clap clap clap.
Bjo

jan disse...

Lembrei desse seu post quando li essa matéria:

http://www.bbc.co.uk/blogs/portuguese/2008/11/os_12_trabalhos_de_obama.shtml

=)

Paulo disse...

Concordo totalmente com o último parágrafo!
Infelizmente, a situação atual não deixa muitas opções de governo. O remédio é o mesmo, seja lá quem for o ocupante da Casa Branca.

Beijos!

 
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