terça-feira, janeiro 13, 2009

Sobre a diversidade

terça-feira, janeiro 13, 2009

Eu nunca achei que fosse namorar. Tampouco, me apaixonar. E lá se vão três anos de um relacionamento intenso, repleto de altos e baixo, certezas e inconstâcias.

Durante esse tempo, pensei em casar muitas vezes. Pensava num apartamento bem moderno, jovem, em um bairro ascendente, com TV de plasma na parede, todo decorado com nossa cara. Num tórrido momento, cheguei até a considerar a idéia de ter um rebentinho pendurado na barra da minha saia. Algo como “casa com cerquinha branca” dos dias de hoje.

Não sei bem quando, nem o porquê, mas por fim eu acabei me tocando de que isso não é pra mim. Não que não possa ser, sou eu quem não quer. Tornei-me uma workaholic, que adora o mercado financeiro internacional. Se existe uma visão que se encaixa na minha idéia de futuro, é a de chegar em casa tarde da noite, cheia de pastas, relatórios e estatísticas, comer alguma coisa que o Sam teve a gentileza de deixar no micro e terminar a madrugada tomando uma dose de alguma bebida cara que achei na nossa adega. A casa vai estar um brinco, sim. Mas porque a nossa empregada é boa e organizada.

Há também uma outra possibilidade. Lógico. Sempre há.
Eu posso conseguir o melhor emprego do mundo, o de zelador de uma ilha paradisíaca na Austrália e ganhar US$ 800 por mês.

Mas não foi isso que eu sempre quis. Quando pequena, sonhava em ter vinte e poucos anos e ser mega fotografada no red carpet a caminho de ganhar um Globo de Ouro, ser vizinha do Brad e da Jenn, e ser entrevistada pelo Larry. Mandar beijos pros fans e dizer que eu também os amo.

Note, leitor, de tudo o que foi citado, nada se encaixaria na vala comum.

Acho que tem gente que nasceu pra ir ao Aquário com o maridinho, o filhinho e os cunhadinhos num domingo a tarde.

Eu, não.

1 comentários:

José Carrilho (Go Detail) disse...

Olá,

Se calhar lá na ilha também fazem uma pessoa acordar cedo....

Uma boa semana,

José

 
Design by Pocket Distributed by Deluxe Templates