segunda-feira, junho 09, 2008

Sobre Sonhos

segunda-feira, junho 09, 2008
Não sei quantos dos antigos (e queridos) leitores ainda passam por aqui. Tampouco sei quantos de vocês têm sonhos. Muito menos faço idéia se eles foram realizados.

A questão, prezados, é que desde meus saudosos 11 anos, um sonho me assolava: ter um carro e saber dirigi-lo. Eu tinha a idéia utópica de que, assim que fizesse 18 anos, eu teria a habilitação numa mão e a chave do possante, na outra. Como eu disse, utopia.

Longo foi o tempo que passou até que eu pisasse numa auto-escola. A possibilidade de ter um carro só começou a se concretizar chegado os 22 anos de idade, quando, em conjunto com meu pai, demos entrada num Celta, 1.0, pé-de-boi total: sem ar condicionado, sem direção hidraulica, sem vidros automáticos, sem airbag, sem trava. Mas como era lindo, meu pequeno.

Nunca algo me deu tanto desgosto. Eu ainda guardava a idéia adolescente, de que era só entrar e sair dirigindo por ai. Rá. E o medo? E a falta de coordenação? E o fato de eu ser míope e não usar óculos?

Poucas coisas me fizeram chorar tanto na vida. Depois que subi na guia pela primeira vez, amassei a roda e fodi o eixo – mas ainda sim, sem bater em outro carro ou atropelar alguém – passei a achar que eu não tinha nascido praquilo, que não tinha talento. E briguei com meu pai, jogando toda a minha frustração nele.

Pouco tempo se passou e os meus diamantes começaram a dar brilho na minha vida: o Sá, a Jan, o Dente, o Bru...

Meu amor e a Jan nunca sequer hesitaram em sentar ao meu lado e assinar sentença de morte. Mesmo depois de algumas barberices, estavam sempre lá, dispostos e com uma palavra de apoio e encorajamento.

O Dente e o Bru me deram toda a experiência que podiam, contando todas as vezes que ja haviam batido, capotado, ralado, quebrado e principalmente, continuado.

Essas pessoinhas, mais do que niguém, me transformaram numa boa motorista. Eles despertaram minha votatde de ir além. E eu fui. E a sensação de ter o sonho acontecendo é simplesmente, sublime.

Ter o carro na porta, poder sair, dirigir, dar carona, não importa se longe ou perto, se chovendo ou não. É simples, mas era meu sonho.

Só que o sonho acabou antes mesmo de que eu me acostumasse e criasse outro. E só o que me restou, foram as lágrimas.

3 comentários:

Anônimo disse...

É, coração, dirigir não é pra muitos, mas "não dirigir" é para poucos, poucos e especiais seres, considere-se um deles. rss
Beijos

Escarlat disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Escarlat disse...

Querida, já ´passei pelo medo do volante... Fique feliz pelo seu celta, pois ainda estou no fusquinha rsrsrs.
Semana passada quase acabaram com meu sonho, (bateram na minha traseira)mas o medo não me abalou. Bem que dizem por ai que depois do primeiro susto agente fica mais safo rsrsrs
Vc vai ver isso passa, e logo o mistério da direção deixa de ser mistério.
Bjão
www.escarlat.weblogger.com.br

 
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