segunda-feira, janeiro 21, 2008

Mais um sonho realizado.

segunda-feira, janeiro 21, 2008
Neste final de semana tive um sonho realizado. E como a maioria dos meus sonhos, 87% dependia de mim, e é isso que me deixa mais feliz.

Sexta feira, carro na porta (como combinado com meu pai), meu amor sugere de ligarmos para um casal de amigos e irmos tomar um açaí. Foi aí que uma vontade simples desde que eu era pititita começou a acontecer.

Esses nossos amigos (eternos motoristas nossos) estavam sem carro, sendo assim, fui buscá-los em casa. O açaí se tornou em cerveja e a cerveja se tornou no show do Velhas Virgens no Kazebre. Para quem não sabe, o Kazebre é perto do fim do mundo na Avenida Aricanduva. E para quem não sabe, eu estava criando um medo (lê-se: pavor) de dirigir. Mas eu estava me sentindo segura naquele momento. Estava com meu amor, meus amigos (um deles, um dos caras que eu mais confio para estar ao meu lado na direção) e minhas lentes de contato. Senti um tremor, mas a vontade de viver aquele sonho simples era bem mais forte.

Fomos. E nos divertimos a valer. Orgulho-me em dizer que não bebi nada. E acostumem-se, pois será sempre assim enquanto eu estiver no front.

No sábado, mesma história. O Sá e a Mari queriam ir ao show do CPM 22 (eca) e acabamos indo. Só que desta vez, tivemos um evento a mais. Meu amigo (o tal do motorista que eu confio cegamente) resolveu encher a lata e, qual não foi minha surpresa quando, em plena Avenida Aricanduva / fim do mundo, às 4h30 da manhã, eles me mandam estacionar abruptamente. É óbvio que não deu tempo e quando eu olho para trás, meu querido amigo estava lavado em seu próprio vômito. Dali então, fizemos em 1h40 um percurso que demoraria 30 minutos, pois a cada duas esquinas, o embriagado me pedia para parar.

Levei-o, então, à casa de sua namorada pois ele queria tomar um banho antes que seu pai visse seu estado lastimável. Enquanto esperávamos, meu amor me pergunta com a voz mais carinhosa do mundo: “No seu sonho havia gente vomitando?”

Quer saber, Sá? Havia sim. Eu sempre dei trabalho para as pessoas, é bom devolver um pouco paciência e compreensão para o mundo. Além do que, o Dente (o vomitado) sempre disse que não via a hora que eu começasse a dirigir, para então, ele poder encher a cara. É do jogo.

Sobre de onde eu venho.

No domingo chuvoso, ligo para o meu pai:

“- Oi, pai. Fudeu.”
“- O que houve, filha?”
“- Preciso mandar lavar o carro, mas não conheço nenhum lugar aberto hoje.”
“- Mas filha, eu te entreguei o carro limpinho na sexta.”
“- É, mas meu amigo chapou o côco ontem e vomitou no banco.”
“- Putz. E como tá o cheiro?”
“- Ah, eu dei uma limpada por cima. Acho que até já acostumei com o cheiro, mas a mãe disse que tá forte.”
“- Filha, não esquenta. Larga lá e amanhã, quando eu pegar, eu mando lavar de novo.”

Lógico que eu não fiz isso. Arranjei um lugar chinfrim, mas pelo menos eles minimizaram os danos.
Fiquei então, pensando em quantos pais encarariam uma situação dessa com tamanha compreensão e tranquilidade, se sujeitando a pegar um carro fedido com vômito de dois dias de um amigo de sua filha que ele mal conhece.

2 comentários:

Paulo disse...

Atitude muito bacana a do seu pai!

Leósias disse...

Orifícios do ofício...

 
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