domingo, setembro 02, 2007

Currahee

domingo, setembro 02, 2007
Currahee, da nação Cherokee: Aquele que caminha sozinho.

Acordei. Faltava pouco pras 9h horas. Passei a semana inteira esperando pelo sábado e, enfim, ele havia chegado.
Enrolei um pouco na cama, sabia que meu dia seria cheio. Porém, eu precisava fazer algumas coisas antes de sair de casa. Tomei banho, fiz as unhas, sequei o cabelo.

Minha primeira missão era doar sangue. E eu fui. Sozinha. O Mário e o Rodolfo haviam ido às 5h pra lá. Meu amor tinha compromissos e a Jan preferiu ficar dormindo. Não sei porquê, mas não me surpreendi ao me certificar que passaria o dia sozinha.

Peguei o ônibus e fui. E só na metade do caminho percebi que eu nunca havia ido ao Hospital das Clínicas. Centenas foram as vezes que passei por esse ponto ali na Avenida Rebouças, mas nunquinha eu havia parado nele. “Não faz mal”, eu pensei, “Eu sempre dou meu jeito”. E dei. Não que seja mto difícil, afinal, o HC é bem ali mesmo.

Doei sangue. E constatei que aquilo é realmente um gesto de amor altruísta. A agulha é grossa pra caramba, minhas veias são fininhas (o que faz doer mais) e aquela borrachinha que eles usam pra te apertar é quase um instrumento de tortura (e a enfermeira ainda me amarrou duas). E ainda sim, você agüenta a dor sabendo que tem alguém que precisa muito daquele seu pouquinho de sangue.

Saí de lá muito contente comigo mesma. Orgulhosa de certa forma, e com a certeza de que assim que puder, eu voltou lá.

Mas meu dia não estava completo. Eu tinha feito minha boa ação. Tinha feito amizade com as enfermeiras, e até tinha sido cuidada por elas quando elas cismaram que eu estava com febre. Mas havia algo...algo que me martelava há duas semanas.

Voltei pro meu bairro e fui. Liguei pro meu irmão, confirmei o endereço e fui. Sozinha.
Confesso que a parada dói um pouco...mas é também um prazer bem legal.

Fiz minha primeira tatuagem. E foi num dia muito significativo pra mim. Um dia que pude aproveitar maravilhosamente a minha companhia. Sabem, eu gosto de mim. Me acho legal...Foi prazeiroso ficar comigo e só comigo.

E que maneira melhor de tatuar Currahee do que alone?

Amigos, não se ofendam. Eu os amo com toda minha força. Mas a quem ainda vamos enganar? “Somos um bando de gente sozinha que fica junto”, como disse o Hugo.

We stand alone togheter.
That’s what Currahee is all about.

Me and my brother.

4 comentários:

Mário Henrique disse...

Ficou legal.

Paulo disse...

Ficou muito legal mesmo!

Mas deixa eu matar uma curiosidade aqui: qual a sua relação com os Cherokees? Tenho ascendência Cherokee por parte de mãe. Amo aquela cultura!

Leósias disse...

Legal a tatuagem!!!

Legal q aproveitou sua companhia!!!

E mauzão pela irOnia, HAHAHAHAH!!

Curare disse...

Muito legal, eu tenho duas, uma delas tem quase 2 anos e a outra alguns meses, tenho vontade de fazer mais, me vejo com mais algumas delas hehe mais não faço porque infelismente a maior parte das pessoas ainda é atrasada, e pra eles uma pessoa que tem uma tatuagem 'marginal, como se pudessemos roturar as pessoas de acordo com nosso entender.

Adorei seu blog.
Beijos

 
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