quarta-feira, março 05, 2008

Sobre dores psicológicas

quarta-feira, março 05, 2008
Ontem eu usei uma sandália nova. Não gosto de usar calçados novos por longos períodos numa primeira vez porque nunca sei qual o dano que eles causarão. E acredite, eles causarão. Mas eu estava animada com minha compra e resolvi calçar a belezura da moda para ver se meu dia se contigiava com a empolgação.

De fato, a dita não judiou tanto de mim como eu pensara. Fez apenas um corte seguido de bolha, logo estourada pelo atrito, em um dos meus dedos. Até então, nada demais para quem usa coturno desde muito nova. A questão é que, por falta de vontade de pensar numa nova combinação, repeti o calçado hoje e foi aí que o tal corte esfolado começou a doer. Lembrei-me, então, que há algumas semanas ganhei uma caixa de band-aid do RATATOUILLE e o havia esquecido no fundo da mochila. Corri no banheiro e protegi meu ferimento com aquele curativo que, feito para crianças, possui uma camada extra de algodão, o que o deixa deveras macio.
O alivío foi imediato. Ao pisar no chão, parecia que eu pisava nas nuvens. Nem o tal dedo escoriado eu sentia mais.

Voltei para minha mesa e, ao continuar minhas análises, senti uma dor aguda no pé. Atentei para o dedo, e percebi que ele não mais doía. Dali a pouco, novamente a picadinha... notei, então, que a dor física não existia mais. Mas de tanto doer o dia todo, meu cérebro meio que continuava interpretando os sinais de dor.

Isso aconteceu literalmente. Mas com certeza vou usar como metáfora em breve. A começar por mim mesma.

“O amor é como um corte no pé que doeu o dia todo: mesmo depois de medicado, continua a doer mesmo que não doa mais.”

Ou qualquer coisa do tipo.

8 comentários:

Leósias disse...

Pertinente...

Bjos

:::

jan disse...

Couldn´t agree more...

Paulo disse...

É exatamente assim que acontece. Ótimo post!

R. disse...

O cérebro da gente se apega à coisas esquisitas. Se neurônio tivesse bom gosto se ligava no alívio do algodão e não na dor que passou, mas fazer o quê? O ser humano é todo burro.

Bjs

Unknown disse...

Vindo conhecer via Vermelho Pitanga....
Adorei o curativo de ratinho...
Sapato novo é tudo de ruim no começo.
Porque sou viciada neles?
Bye!!!
Dani faxina

Mônica disse...

Eh por isso que eu nao uso sapatos novos... ou casei pra ter que me apaixonar sempre pela mesma pessoa.

E digo... nao eh nem um pouco chato! :D

NI3TZSCH3 disse...

Hi!
O amor só dói até encontrar um novo!
Parta a loiça!...

Manô disse...

Ótimo post Bruna, a frase final, então... total!

Te encontrei pelo blog do Paulo.

Voltarei sempre que possível!

Bjs

 
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