Eu estava terminando minha travessia diária pelo shopping – caminho quase obrigatório para eu chegar ao banco – quando comecei a ouvir risos eufóricos, um falatório alvoroçado e um batuque num pandeiro. Ao olhar para o lado imaginando qual o tipo de arrastão que estaria se aproximando, enganchei meu salto num burado e quase fui de boca ao chão. Mas não eram meliantes. Era um grupo de jovens aparentemente da minha idade. Vestiam tênis, calça jeans e uma blusa padrão. Estavam felizes muito embora fosse 8h20 da manhã. De repente saíram correndo – “eu sabia que era um arrastão”, pensei – mas não. Eles corriam para não perder um ônibus fretado gigante e ai então, saquei que tudo aquilo se tratava de algo como uma excursão.
Senti vontade de me juntar a eles e sair fanfarroneando por São Paulo em plena terça-feira. Mas eu não podia. Haviam sete operações não analisadas do dia anterior na minha mesa, uma série de prorrogações para as quais eu ainda não havia dado o “de acordo” e mais um tanto de tantas outras coisas.
E foi aí que eu percebi como meu mundo é diferente do pessoal da minha idade.
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8 comentários:
Acho que faço parte d oseu mundo... mas posso dizer que acho que seria mais feliz se tivesse no deles? haha
bjs
as vezes ser 'diferente' é duro!
Muitas vezes também me sinto diferente dos demais. Talvez amadurecemos cedo perto dos demais.
Bjus
E se você fizer tudo direitinho, seus filhos serão os caras da excursão da próxima geração.
Fanfarroneando não é uma palavra que eu já tenha escutado antes, mas gostei muito dela.. bem simpática!
Não esquenta não... você não é a única etáriamente deslocada..
eu me sinto como um jovem senhor de 25anos. eh ate engracado isso.
a proposito, vc trabalha com o que mesmo???
Chamamos isso de maturidade. ;)
Beijo!
Faço as minhas farras tb.
E precia ver se esse pessoal vai estar farreando ainda daqui há uns anos, né?
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