sexta-feira, julho 30, 2010

Blasfêmia

sexta-feira, julho 30, 2010
Curtindo meus primeiros dias de férias, após seis longos anos, estou me permitindo fazer coisas que eu gosto. Como eu não sei direito do que eu gosto, já que minha vida se tornou um grande e tedioso dia de trabalho, estou começando por coisas básicas como treinar, tomar sorvete e reassistir Supernatural. Com o passar das horas, lembrei que também gosto de escrever e pensar sobre coisas esquisitas. Juntando tudo isso, lá vai meu pensamento mais recente.

Deus tinha tudo sob controle no Éden, correto? Os anjos estavam felizes e satisfeitos com toda a atenção que e prestígio que recebiam de papis. Daí então, hiperativo que é, Papai do Céu inventou de montar o homem. Um ser falho, repleto de dúvidas que, muito embora não fosse capaz dê, havia recebido a graça de pensar por si só. Em seguida, o Todo Poderoso se vira para suas crias perfeitas, os anjos e manda que estes se curvem ao homem, que o sirvam. Lúcifer, por sua vez, o anjo mais belo (e sensato) que havia no paraíso, não aceita, perde sua Graça, é expulso do Céu, cria o inferno e seus demônios e passa a atazanar a humanidade. Ok.

Quando olho para o homem, acho que sinto a mesma indignação que Lúcifer. É provável que eu esteja me superestimando, mas até ai, quem se importa, não é mesmo? A questão é que, o ser humano não é apenas falho, ele é errado. Ele mente, distorce, mata, crucifica, julga, menospreza, tortura. E tudo isso ao mesmo tempo. Quando olho para minha raça, me envergonho por ser humana. Por vezes, preferiria ser uma planta, uma árvore.

O ser humano é tipo uma praga, uma doença cuja cura ainda não foi descoberta e eu temo que sequer tenham começado as pesquisas.

A questão é que, se o cristianismo realmente for a versão correta dos fatos, será que dá mesmo para culpar Lúcifer por não aceitar se render a algo tão pecaminoso como o Homem? Digo, será que você, nobre leitor, se estivesse no lugar dele, teria agido diferente?

Só sei que, de certa forma, eu concordo com ele. Não consigo entender o que há de tão brilhante no ser humano que o faça ser tão especial.

Acho o ser humano um lixo.

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